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Entrevista de Aécio Neves na revista IstoÉ


Temos um país à deriva em busca de um gestor"


Aécio Neves eleva o tom das críticas ao governo e diz que Dilma e o PT se perderam num projeto autoritário de poder e empreguismo
por Mário Simas Filho e Delmo Moreira; 

Um céu alvoroçado e cheio de cores envolve o prédio do Congresso Nacional na tela do pintor mineiro Carlos Bracher que está na parede atrás da mesa de Aécio Neves. Em seu gabinete no Anexo l do prédio do Senado Federal, Aécio encontra tempo para apreciar a pintura e relembrar encontros alegres com Bracher em Ouro Preto. Esses momentos amenos, contudo, podem se tornar cada mais raros, levando-se em conta a agenda do senador. Aécio Neves vai assumir a presidência do PSDB e começa a botar na rua o bloco da campanha para 2014. Ele não se declara candidato enquanto não receber a indicação oficial do partido, o que só deve acontecer na virada do ano. Mas na entrevista que concedeu à ISTOÉ, durante pouco mais de duas horas, o senador traçou o perfil do novo PSDB que pretende construir e discutiu as ideias com as quais espera conquistar o eleitor brasileiro.

ISTOÉ – O que o sr. vai mudar no PSDB?
Aécio Neves – O PSDB deve renovar seu discurso e apresentar propostas novas para o País. Precisamos assumir o papel de principal alternativa ao que está aí, com uma proposta clara que nos diferencie do PT. O Brasil terá uma grande oportunidade de comparar propostas diferentes. Quando assumir a presidência do PSDB, meu papel será o de discutir uma agenda para os próximos 20 anos. E de mostrar que os modernos, os eficientes, os que prezam a democracia somos nós. O atraso, a ineficiência e o viés autoritário são a marca de nossos adversários.
ISTOÉ – Como isso vai ser feito?
Aécio – Como presidente do PSDB, quero correr o Brasil para, até o final do ano, ter essa proposta nova muito bem clara. Que ela mostre que apostamos na gestão eficiente e não no gigantismo da máquina pública. Que nós apostamos em uma política externa pragmática em favor dos interesses do Brasil e não no alinhamento ideológico atrasado que tanto prejuízo traz ao País. Que apostamos na refundação da Federação, com distribuição mais justa de recursos entre os Municípios e os Estados.

ISTOÉ – Essa será a base de seu programa como candidato à Presidência da República?
Aécio – Se o partido definir que serei o candidato, posso dizer que estou preparado para iniciar um tempo novo no Brasil. Vamos primeiro construir no PSDB o arcabouço para o candidato trabalhar. Vamos mostrar que podemos fazer muito melhor para o Brasil.
ISTOÉ – A presidenta Dilma Rousseff tem alto índice de aprovação. Isso não mostra que o País está satisfeito com o governo?
Aécio – Ainda vivemos uma sensação de bem-estar. Temos um nível de desemprego baixo, empregabilidade alta. Mas há uma bomba-relógio para explodir a qualquer momento. E o nosso papel é mostrar isso.
ISTOÉ – O que está errado?
Aécio – Acho que houve uma visão equivocada. O governo desenhou o crescimento da economia pela demanda, através do crédito, mas isso já está no limite. O calcanhar de aquiles estava na oferta. Temos uma péssima infraestrutura para escoar a produção, o custo Brasil é crescente e a produtividade, baixíssima. Tudo isso está levando a um quadro de incertezas, num momento em que precisaria haver o investimento privado para compensar a diminuição do consumo.
ISTOÉ – Esses temas terão repercussão eleitoral?
Aécio – O resultado eleitoral a população é que irá determinar. Ao contrário da presidenta, não me movo pela lógica eleitoral.
ISTOÉ – A presidenta provavelmente diz o mesmo...
Aécio – Infelizmente, a agenda das eleições está levando a presidenta a
buscar permanentemente medidas populistas, elevando o risco de entrarmos no ciclo vicioso da inflação e do crescimento econômico comprometido.
"Quem administra o Brasil não é mais a
presidenta Dilma, é a lógica da reeleição"
ISTOÉ – O sr. também não está pensando em eleição o tempo todo?
Aécio – Com muita responsabilidade. Não podemos deixar que a propaganda ufanista continue a contagiar as pessoas. O avanço do Brasil é uma construção tijolo a tijolo, feita por algumas gerações de homens públicos. Desde a estabilidade da moeda, com Itamar Franco, a implantação e consolidação do real, com Fernando Henrique e Lula. Mas agora não há uma agenda nova.
ISTOÉ – O sr. vê diferenças entre os governos Lula e Dilma?
Aécio – Há um sentimento crescente de cansaço com esse modelo que está no poder. Isso é perceptível em todo o País. Acho que o PT perdeu a capacidade de apresentar um projeto de governo e se contentou em ter um projeto de poder. O que move o governo Dilma é exclusivamente a agenda do poder. Quem administra o Brasil não é mais a presidenta Dilma, é a lógica da reeleição. O PT trocou a agenda das reformas para as quais foi eleito.
ISTOÉ – Qual é a nova agenda?
Aécio – A agenda do autoritarismo. É claro o viés autoritário nas inúmeras medidas patrocinadas pelo PT. Uma cerceia o poder de investigação do Ministério Público, outra cria uma instância revisora das decisões do STF. E tudo isso casado ainda com uma ação truculenta e casuística que inibe a criação de outras forças partidárias de oposição. Essas ações mostram o governo com enorme receio do enfrentamento político. Há também uma concentração excessiva de receitas nas mãos da União, fragilizando Estados e Municípios. Isso leva à ineficiência e a desvios permanentes.
ISTOÉ – O sr. diz que as reformas não andaram, mas isso é só culpa do governo?
Aécio – Não se fala mais em reforma política, que era o carro-chefe do segundo mandato do presidente Lula e da campanha da presidenta Dilma. O tema é escanteado sempre que a presidenta começa a enfrentar contenciosos entre os grupos aliados. Com a reforma tributária é a mesma coisa. Poderíamos ter uma política de desoneração horizontal ampla, para todos os setores da economia, e não essa de hoje só para os escolhidos.
“Meu esforço é demonstrar que o novo é o PSDB e o velho é o PT, pelos acordos
que vem fazendo com os setores mais atrasados da vida nacional”
ISTOÉ – Esses não são os problemas de sempre na relação com as bases aliadas?
Aécio – A presidenta vive uma armadilha que ela própria montou: um governo que é de cooptação, não de coalizão. O governo se pauta permanentemente pela busca de novos aliados, o que o leva à paralisia. As grandes questões que interessam ao País não andam no Congresso porque não há unidade na base. Existe apenas disputa por espaço no governo.
ISTOÉ – Não é normal que se façam alianças para governar?
Aécio – As alianças deste governo levaram à eleição do Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos, colocaram Renan Calheiros na presidência do Senado e Henrique Alves na presidência da Câmara. Cada vez mais, o PT cria cargos públicos para atender a sua turma. O que ocorre agora é assustador. Quando Fernando Henrique deixou o governo havia 1.200 cargos em comissão no âmbito da Presidência da República. Hoje são quatro mil. Essa é a lógica do PT: o empreguismo, o aparelhamento da máquina. A lógica da democracia é ter os partidos políticos a serviço do Estado. O PT inverteu isso. Colocou o Estado a serviço de um partido político. Em todos os níveis, a ocupação do governo pelos partidos aliados é assombrosa.
ISTOÉ – Quando o PSDB estava no poder não ocorria o mesmo?
Aécio – É muito diferente. Não estou dizendo que não tivemos problemas lá atrás. Esse compartilhamento sempre houve, mas nunca nos níveis de hoje. Criou-se a imagem de que a presidenta Dilma fazia uma grande faxina sem levar em conta que foi ela própria quem colocou aquelas pessoas no cargo para atender às imposições dos partidos de seu entorno. Temos um país à deriva em busca de um gestor ou de uma gestora eficiente.
ISTOÉ – Mas a presidenta ganhou a eleição com apelo de gestora competente.
Aécio – As principais obras de infraestrutura no País estão paralisadas. O Tribunal de Contas mostra que 48% das obras do PAC têm algum tipo de desvio ou de superfaturamento. A transposição do rio São Francisco está com apenas 40% das obras prontas e o orçamento, que era de R$ 4,5 bilhões, chega a mais de R$ 8 bilhões. A Transnordestina tinha orçamento de R$ 4 bilhões, já está em R$ 7 bilhões e nunca passou um trem por ela. Na Norte-Sul, além de superfaturamento, estamos descobrindo agora que o material utilizado era impróprio. A refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, foi orçada em R$ 4 bilhões e vai ser um campeão nacional: será a refinaria mais cara do mundo. Não há planejamento, as obras estão paradas e a economia está parada.
ISTOÉ – A oposição não está superdimensionando a volta da inflação?
Aécio – A inflação de alimentos já está em 14% nos últimos 12 meses. E quem ganha até 2,5 salários mínimos – 90% dos empregos gerados na era petista são nessa faixa – gasta em média 30% da renda com alimentação. Isso é muito grave.
ISTOÉ – O sr. não acredita que o Banco Central manterá a meta inflacionária?
Aécio – A meta já é virtual, não existe mais. Não a atingimos nos dois
primeiros anos do governo Dilma e não vamos atingi-la novamente. Parece que eles focam o teto da meta como se fosse o centro. Isso gera uma enorme insegurança no mercado e dúvidas sobre o real compromisso deste governo com o controle da inflação.
ISTOÉ – Qual é a marca do governo Dilma, em sua opinião?
Aécio – O governo Dilma não tem marca. É sintomático que a presidenta se apresse para comemorar os dez anos de governo do PT. É uma forma de esconder os dois anos do governo Dilma: ela acopla os dois anos dela aos oito de Lula, quando realmente vivemos um período de maior expansão dos programas sociais. Pegar uma carona com o presidente Lula é mais uma demonstração de fragilidade. O que caracteriza o governo Dilma é a insegurança jurídica que afugenta empresários. O mundo está se recuperando, mas o Brasil está ficando de fora. Onde o investidor vai colocar seus recursos? No Brasil da insegurança, das intervenções, do viés autoritário latente? O PT não convive bem com a democracia.
ISTOÉ – Onde o sr. identifica esses focos de insegurança?
Aécio – A realidade é que o sentimento lá fora é de muita cautela em relação ao Brasil. As agências reguladoras são um exemplo. Elas foram aparelhadas por gente sem a menor identificação com a área. Agora vemos a permissividade das pessoas dessas agências montando negócios com a bênção dos poderosos. Para o Brasil será bom o PT tirar férias e para o PT será bom ir para a oposição. Assim, quem sabe eles se reencontrem com os valores que levaram à sua criação e ao seu crescimento. O PT hoje é um partido que só pensa na manutenção do poder, mesmo que para isso coloque em risco a democracia e a liberdade. A agenda do PT não faz bem nem ao Brasil nem à democracia.
ISTOÉ – As questões éticas voltarão ao centro da disputa presidencial?
Aécio – É um ponto que estará na campanha. O ministro Ayres Britto me dizia outro dia que a questão da sustentabilidade precisa ir além do tema ambiental. Precisamos de sustentabilidade moral. Acho que a decisão do STF permitiu ao Brasil ter pela primeira vez um sentimento de que a impunidade não é um valor absoluto. Isso não podemos deixar que se perca. Uma nação, para ser desenvolvida, tem de se render aos valores éticos. E esse será um papel importante do PSDB nessa campanha. Vamos mostrar que a democracia não pode ser ameaçada com a concentração de poderes.
ISTOÉ – O sr. não teme que esse discurso possa parecer eleitoreiro, já que há poucos anos o sr. brigava no partido em busca de entendimentos com o PT?
Aécio – Confesso que busquei isso e, em determinado momento, enxerguei a possibilidade de uma ação conjunta para avançarmos em termos sociais. Cheguei a construir em Belo Horizonte uma aliança com o atual ministro Fernando Pimentel. Mas a oposição no PT foi raivosa, inclusive punindo o próprio Pimentel. O PT preferiu outros aliados e cada vez mais as nossas diferenças se acentuaram.
ISTOÉ – Nas últimas eleições, o PSDB levou para a campanha temas como o aborto e o casamento de pessoas do mesmo sexo. Esses assuntos estarão presentes de novo em 2014?
Aécio – Espero que não. Essas não são questões de responsabilidade de um presidente da República.
"O PT hoje é um partido que só pensa na manutenção do poder.
A agenda do PT não faz bem nem ao Brasil nem à democracia"
ISTOÉ – Mas, pessoalmente, o sr. é a favor ou contra essas questões?
Aécio – Sou favorável ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Isso já está incorporado ao mundo moderno. Com relação ao aborto, defendo a legislação atual. Mas o meu esforço é demonstrar que o novo é o PSDB e o velho é o PT, pelos acordos que vem fazendo com os setores mais atrasados da vida nacional.
ISTOÉ – O sr. não acha que o País melhorou?
Aécio – Reconheço que o Brasil de hoje é melhor do que era há 20 anos. Até melhor do que dez anos atrás. Mas isso é um processo. Ao contrário do PT, que gosta de fazer parecer que o Brasil foi descoberto em 2003, temos clareza de que isso é produto de um processo. O maior programa de distribuição de renda que houve no País foi o Plano Real, que deixou de punir os brasileiros com o imposto inflacionário e os trouxe para o consumo. De lá para cá, avanços ocorreram, não podemos negar.
ISTOÉ – Que avanços?
Aécio – O PT fez duas coisas muito importantes. A primeira foi esquecer o seu discurso e manter por algum tempo – hoje não mais mantém – os pilares macroeconômicos herdados do governo Fernando Henrique: meta de inflação, câmbio flutuante e superávit nas contas. Esses pilares foram fundamentais para que o Brasil tivesse algum sucesso no campo econômico. Além disso, o presidente Lula teve a virtude de unificar e amplificar os programas de transferência de renda. Isso foi importante, mas é insuficiente. Hoje o PT só tem a agenda do poder.
ISTOÉ – Como caminham essas conversas entre a oposição?
Aécio – No quadro político brasileiro, é muito bom ter uma candidatura como a da Marina. Vai trazer temas importantes para o debate. A candidatura do Eduardo Campos, que espero que se confirme, também vai trazer uma discussão mais profunda. Vamos falar de desenvolvimento regional, de agenda da gestão pública, da federação. O governo é que parece atemorizado, querendo ganhar por WO.
Revista IstoÉ
http://dropsmisto.com
 

Aécio : "Viva a política séria e viva o PSDB !

Aécio no ataque

 Goiânia - O senador Aécio Neves (PSDB-GO) fez ontem, em um seminário do PSDB goiano marcado para discutir os "rumos de Goiás e do Brasil", o discurso mais político desde que o nome dele começou a ser cogitado como provável candidato a presidente em 2014. Embalado pelos gritos da militância "Brasil para frente, Aécio prente", o congressista tucano afirmou que não sabe o que o destino vai lhe reservar no futuro. "Mas tenham certeza de que aqui está um homem determinado a encarnar o destino de vocês."
(...)
Protagonista da festa e, por diversas vezes, anunciado como o próximo presidente da República, Aécio disse que o povo não aguenta mais a ineficiência do governo. "O Brasil merece entrar em um outro momento de sua história. Viva a política séria e viva o PSDB", declarou.

Correioweb.com

Aécio acusa governo do PT de enfraquecer a federação

Aécio Neves, líder da oposição




Fonte:  Folha de S.Paulo Online - - Coluna de Aécio Neves


Estados e municípios


 Quem acompanha a vida nacional nem sempre percebe a gravidade do processo de dependência política e econômica da União, que subordina e asfixia perigosamente os demais entes federados.

 À luz do dia, constata-se a paralisia de matérias essenciais, como a renegociação das dívidas dos Estados, a desoneração das empresas estaduais de saneamento (que pagam em impostos quase o mesmo o que investem), a revisão do vencido marco regulatório sobre a exploração mineral ou o injustificável atraso do novo plano decenal da educação.

 Ao mesmo tempo em que concentra recursos e retarda decisões, o governo federal transfere responsabilidades.

 Casos como a regulamentação da Emenda 29, em que o governismo obrigou os entes federados a adotarem patamar mínimo de investimentos na saúde, eximindo a União do mesmo dever, ou a adoção, sem a devida contrapartida financeira, de piso salarial para carreiras extensas do funcionalismo, remuneradas de forma preponderante por estados e municípios, são exemplos irrefutáveis.

 Mas não é só isso.

 Dados da Secretaria do Tesouro Nacional indicam que, em 2010, os gastos do governo central em educação representavam só 22,7% do gasto total no setor. Para transporte e segurança pública, a participação federal foi de apenas 35% e 18,3%, respectivamente.

 No prazo de dez anos (2000-2010), a participação da União em saúde caiu de 44% para 32,6%. Em habitação e urbanismo, caiu de 15,2% para 10,3%. Ou seja, a maior parte das despesas com as funções essenciais à sociedade tem sido responsabilidade dos Estados e dos municípios.

 Além de aumentar as atribuições dos governos regionais, o poder central toma, por reiteradas vezes, medidas que lhes retiram ainda mais recursos.

 Os Estados têm pago os seus compromissos da dívida com a União sem conseguir amortizá-la -pelo contrário, os saldos devedores se multiplicaram exponencialmente.

 As transferências de recursos na área de segurança têm sido contingenciadas. A redução da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e as isenções tributárias com base em receitas partilhadas são exemplos de ações danosas a Estados e municípios.

 São recursos que constavam de seus orçamentos e que foram cancelados sem qualquer compensação.

 As decisões que, pensava-se, serem econômicas, começam a ganhar contornos de lógica política. Enfraquecer a federação, aumentando a dependência do país do governo central, prejudica a população e não é um caminho que honre as nossas melhores tradições.

 Insisto nesse tema: o país reclama solidariedade política e mais compartilhamento de responsabilidades.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

Aécio Neves é senador pelo PSDB-MG. Foi governador de Minas Gerais entre 2003 e 2010. É formado em economia pela PUC-MG. Escreve às segundas-feiras na página A2 da versão impressa.

PSDB quer que candidatos citem realizações de FHC

PSDB pede que seus candidatos citem as realizações de FHC
Em encontro com pré-candidatos do partido às eleições, o comando do PSDB cobrou a "nacionalização" do discurso e recomendou que seus candidatos resgatem o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e critiquem os governos do PT.
A receita foi repassada pelo presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), o senador Aécio Neves (MG) e outros integrantes da direção tucana a 60 pré-candidatos das 100 maiores cidades do país. O pré-candidato em São Paulo, José Serra, não apareceu.
(...)
Folha de São Paulo

Dilma ou Aécio?...depende do partido!


Dilma ou Aécio ?
Fonte:  O Tempo - 28/04/2012 - Artigo de Rômulo Viegas
Link para assinantes: http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=202077,OTE&IdCanal=2

Dilma e Aécio
Coerência é para os fracos

Publicado no Jornal OTEMPO em 28/04/2012

Se o PT pudesse se olhar hoje num imaginário espelho das virtudes, certamente teria um susto. No lugar da face da presidente Dilma Rousseff surgiria, na verdade, a figura de seu oponente, o senador Aécio Neves. O que é qualidade em Dilma aparece como defeito em Aécio entre os militantes e entusiastas do governo federal.

O poderoso marketing oficial procura vender a imagem de Dilma Rousseff como uma mulher sintonizada com as modernas técnicas de gestão. Já o Choque de Gestão, o programa de Aécio que virou referência nacional e é recomendado pelo Banco Mundial para aplicação em muitos países em desenvolvimento, não passa de deplorável manifestação do neoliberalismo para enfraquecer o Estado.

Quando Aécio governou Minas Gerais por sete anos, com uma ampla base partidária de apoio,
resultante de sua capacidade de aglutinação política, ele foi acusado de tentar acabar com a oposição. Já a base aliada de Dilma, que representa mais de 70% do Congresso Nacional, é alardeada pelos petistas como um atributo positivo - e não como o rolo compressor que de fato é.

Quando Aécio anunciava, como governador, que não prejudicaria prefeitos de outros partidos na distribuição de verbas, era cooptação de adversários com dinheiro público, no linguajar agressivo dos petistas. Se Dilma tenta mostrar que faz o mesmo, ela está sendo republicana.

A postura diante das concessões para execução e manutenção de determinados serviços públicos, como as rodovias e os aeroportos, quando é Dilma que faz, só elogios. Quando é Aécio, foi mais um ato de entreguismo do patrimônio público para as mãos privadas.

Ter nascido em Minas é uma qualidade em Dilma, mesmo tendo morado a maior parte da sua vida no Rio Grande do Sul. Em Aécio, tenta-se colar o rótulo de carioca, já que viveu no Rio a sua juventude e lá vive sua filha, na tentativa de negar a mineiridade que lhe é de direito, por nascimento, moradia e pertencimento a uma família fortemente enraizada no Estado.

Os petistas apostam na eventual memória curta da humanidade. Por exemplo, quem se tornou guru para o programa de gestão de Dilma é o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, que colaborou com o Choque de Gestão de Aécio logo no início do seu primeiro governo, há quase uma década.

Contra a crítica de adesão ao neoliberalismo, tratado como ofensa, é melhor entregar a palavra aos especialistas. Estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, revelou: a redução da pobreza em Minas Gerais supera a média nacional.

O PT lustra a biografia de seus líderes tentando amplificar o que considera feitos e virtudes. E, se essas características também se fazem presentes em adversários, o melhor a fazer é desqualificá-las, como se mazelas fossem. Parafraseando uma brincadeira das redes sociais, coerência é para os fracos.

Aécio : "O Congresso, por sua passividade, vem desconstituindo-se"

Aécio Neves critica novos contrabandos em medida provisória

Lider da Oposição
Aécio líder da oposição

25/04/2012 - Assessoria de Imprensa do senador Aécio Neves

Câmara dos Deputados incluiu 11 temas sem relação com o assunto central da MP 549, que desonera produtos destinados a deficientes

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) voltou a protestar, nesta quarta-feira (25/04), em razão de contrabandos inseridos pela base do governo em uma medida provisória. Trata-se da MP 549/2011, aprovada pelo Senado, que desonera produtos utilizados por deficientes físicos.

Após ressaltar seu apoio à desoneração pela sua importância social, Aécio Neves criticou a inserção de 11 temas que não possuem qualquer relação com o assunto principal da MP 549. Todos eles incluídos durante a tramitação na Câmara dos Deputados.

"Uma MP que busca beneficiar pessoas com deficiência física, assistimos, na Câmara, 11 outras matérias alheias a ela serem acrescidas. Autoriza o Executivo a exigir rotulagem de embalagem de papel destinado a impressão de livros e periódicos. Trata da comercialização de medicamentos não controlados e de isenção de IPI para importação de equipamentos de materiais esportivos, entre tantos outros. E, no momento que assistimos esses inúmeros contrabandos, continua adormecida e esquecida em uma gaveta qualquer da Câmara PEC aprovada por unanimidade pelo Senado que veda o contrabando, constitucionaliza isso", afirmou Aécio, referindo-se, também, à PEC 11, que estabelece novo rito de tramitação para as medidas provisórias e encontra-se parada na Câmara dos Deputados desde agosto.

Aécio Neves afirmou que o Congresso vem abrindo mão de suas prerrogativas constitucionais ao não adotar uma análise crítica em relação às medidas provisórias. Segundo o senador, não há como aceitar mais essa situação.

"Não há qualquer objeção ao tema central dessa MP. Mas não há como aceitar passivamente o que vem se tornando uma praxe. O Congresso, pela sua passividade e omissão, vem se desconstituindo. Estamos abdicando de uma prerrogativa que não foi criada por nós, mas sim pela população brasileira que nos elegeu para garantir o poder de legislar, do poder revisor do Senado", afirmou Aécio Neves.

"Investigação Ampla" cobra Aécio Neves da CPI de Cachoeira



Senador Aécio defende investigação ampla na CPI do Cachoeira

Senador Aécio Neves 

senador Aécio Neves defendeu uma investigação ampla e sem direcionamento para apurar denúncias ligadas ao contraventor Carlos Cachoeira.

senador Aécio Neves participou de ato da oposição em favor da instalação da CPI Mista no Congresso e defendeu a apuração de responsabilidades nas esferas pública e privada. Senadores e deputados do PSDB, DEM e PPS assinaram o requerimento.


“Queremos uma investigação ampla. Todos aqueles que tiverem cometido eventuais desvios, sejam eles agentes públicos ou privados, devem responder na CPI. Fizemos um ato político, já que a imprensa divulga que setores da base do governo, de alguma forma, vêm recuando da sua intenção de fazer essa investigação. O que esperamos é que não seja uma investigação pontual, uma investigação direcionada para A ou para B. Essa é a razão desse encontro e nossa expectativa é que, mesmo tendo rejeitado durante tanto tempo qualquer iniciativa de CPI por parte da oposição, agora a base permita não apenas a instalação, mas a verdadeira apuração dos fatos”, disse o senador Aécio Neves.

Aécio Neves : " "O governo perde oportunidades de vencer desafios"

Fonte:  Folha de S.Paulo - 09/04/2012 - Coluna de Aécio Neves 
Aécio Líder da oposição
( Nesse artigo Aécio Neves critica o imobilismo do governo federal)


Tiros a esmo

: Aécio Neves 

Ao debater os problemas que envolvem a indústria brasileira, lembrei-me da definição do saudoso maestro Tom Jobim -definitivamente, o Brasil não é um país para principiantes. Para responder às pressões por providências contra o grave processo de desindustrialização em curso, o governo não conseguiu livrar-se da síndrome da emergência e do improviso. A imprensa relata que, na véspera do lançamento do pacote, a equipe econômica varou a madrugada escalando montanhas de números e definindo, às pressas, algumas medidas.

Esta marca da atual gestão desaguou na cena em que, em plena solenidade de apresentação das medidas, a presidente inquire publicamente o ministro da Fazenda, evidenciando, no mínimo, falta de sintonia e conexão entre as diversas áreas do governo.

Apesar de algumas iniciativas (como as desonerações tributárias e redução do custo do crédito) caminharem na direção correta, há uma percepção generalizada de que as medidas de apoio à indústria são pontuais, temporárias e não resolvem o problema estrutural da perda de competitividade. Elas trazem três problemas centrais:

Primeiro, a desoneração da contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários deveria ser uma medida muito mais ampla e permanente. A produtividade do setor industrial e da economia depende da qualidade de serviços de outras áreas. Assim, uma política de promoção de competitividade precisa desonerar todos os setores, e não apenas alguns deles.

Segundo, o governo, mais uma vez, aumentou os empréstimos para o BNDES. Como esses empréstimos têm como fonte de recursos o aumento da dívida, essas operações têm um custo fiscal que limita reduções futuras da carga tributária. O problema não é o empréstimo em si, mas a falta de transparência quanto ao seu custo e o fato de o mesmo não passar pelo Orçamento. O Congresso havia aprovado emenda de minha autoria, justamente para trazer esse tema para discussão no Parlamento, mas ela foi vetada pela Presidência.

Terceiro, a perda de competitividade no Brasil está ligada ao crescimento excessivo do gasto público e à elevada carga tributária que não se transforma em aumento do investimento governamental. Ou seja, além de pagar mais impostos, as empresas e os cidadãos não têm acesso a uma melhor infraestrutura, o que aumenta o custo final dos produtos.

Enfim, também aqui vemos o que tem se transformado em outra marca dessa gestão e vem ocorrendo em diversas situações, como, por exemplo, na votação da Emenda 29: o governo opta pelo meio do caminho e perde oportunidades de vencer, definitivamente, importantes desafios. O risco é que, andando tão devagar, o país acabe sem sair do lugar...

AÉCIO NEVES escreve às segundas nesta coluna.

Aécio Neves escreve sobre sustentabilidade na Folha

Fonte:  Folha de S.Paulo - 24/10/2011 - Coluna de Aécio Neves
Link para assinantes: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2410201106.htm

Bens coletivos

AÉCIO NEVES
A reflexão sobre a utilização dos recursos naturais do planeta traz em si a gênese de grandes questões contemporâneas: a qualidade da gestão pública, o imperativo da inovação e a necessidade de uma nova ética capaz de responder aos desafios colocados para toda a humanidade.

Nada menos que 55% dos nossos 5.565 municípios poderão ter deficit de abastecimento de água já em 2015, entre eles grandes cidades brasileiras. Os números constam de um trabalho da ANA (Agência Nacional de Águas) e demonstram que esse percentual representa 71% da população urbana, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.

É uma projeção surpreendente. Num cenário de escassez mundial, o desperdício da água retirada no país chega a 40%, mesmo percentual de perda nos sistemas de distribuição urbana, sendo que em algumas cidades, segundo dados da ANA, esse patamar chega a 80% da água distribuída.

Esses dados tornam-se ainda mais graves em face dos desafios coletivos globais. Na aritmética civilizatória, que cresce em proporção e velocidade alucinantes, a realidade é dramática. Dos 7 bilhões de pessoas que praticamente somos hoje, 4 bilhões estão aprisionadas em bolsões de pobreza, grande parte com acesso restrito a serviços públicos básicos. Segundo a ONU, mais de 1 bilhão de pessoas vivem sem acesso à água potável.

O dado de acesso à água é concreto, mas também simbólico e só pode ser compreendido dentro de um contexto de desafios maiores. Para que 4 bilhões de pessoas possam, de fato, emergir para um novo patamar de vida, teríamos que multiplicar por muitas vezes a produção econômica mundial.
As contradições do nosso tempo são gritantes: se todos os 7 bilhões tivessem o mesmo padrão de consumo das populações mais ricas, seriam necessários pelo menos três planetas para nos sustentar!

Nesta equação da sustentabilidade, inovação é a palavra-chave. Não apenas na gestão das políticas públicas e na busca por novos modelos de manejo de bens naturais coletivos. Não apenas dos padrões de produção e consumo. É inadiá-vel uma revisão dos padrões éticos que regem hoje a humanidade. É preciso que partilhemos de forma consciente a responsabilidade uns pelos outros, garantindo o respeito pelas pessoas, independentemente do local em que vivam.

De alguma forma, já tateamos novos caminhos, como os que pontuam a economia criativa, os princípios do comércio justo e as alavancas do microcrédito, capazes de criar uma nova lógica onde antes tudo parecia impermeável.

Cada vez mais sustentabilidade e solidariedade precisarão caminhar juntas. A cooperação não deve ser só escolha pela sobrevivência, mas opção pela dignidade humana.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

Aécio : " Não me torno prisioneiro das expectativas alheias"

Escolhas

AÉCIO NEVES

Há alguns dias, Marina Silva nos ofereceu texto que estimula a reflexão sobre a dinâmica imprevisível da política do nosso tempo, cheia de transformações e novas escolhas por parte dos cidadãos.
Está clara a busca coletiva por uma nova ordem que permita a superação de modelos que sobreviveram até aqui, entre eles os de políticos que se moldam, por conveniência, ao gosto do eleitorado, ou, mais pretensiosos, que tentam moldar o eleitorado à sua feição.
Para além da seara dos oportunistas e dos autocratas, há os que, como a ex-senadora acreana, enxergam pessoas onde outros só veem eleitores e buscam manter com elas relação leal, sem perder de vista seus próprios princípios.
O grande desafio da vida pública é este: não se deixar transformar num personagem condenado a seduzir a plateia. Não se deixar transformar numa caricatura de si mesmo.
Quando insisto em não me tornar prisioneiro das expectativas alheias, o faço por convicção. Acredito que não há nada mais valioso que um homem público possa oferecer que a transparente lealdade aos seus próprios princípios.
Às vezes, leio: "O Aécio devia fazer isso ou aquilo...". Ouço, reflito. Respeito toda opinião e aceito muitas das sugestões que recebo. Mas é com as minhas convicções que sigo em frente.
A representação política é uma vitrine. É compreensível que cada um transfira sua esperança para a figura de seu representante, assim como acabe se frustrando quando a mesma não se concretiza.
O desencanto tem semeado, aqui e ali, manifestações espontâneas, que vão das passeatas contra a corrupção até os levantes da Primavera Árabe, passando pelos "indignados" na Espanha e por eventos como o "Ocupe Wall Street" em Nova York.
Dizem que são manifestações sem bandeira. Penso diferente. As bandeiras são muitas e revelam as múltiplas faces do inconformismo. Como se uma bandeira tocasse a outra, uma inesperada energia começa a pulsar. Novos aprendizados nos esperam. Antigas lições de tolerância talvez possam ser melhor repartidas.
Sempre vi com reservas os que, na política, temem o diálogo, confundindo firmeza com agressividade. E os que se acreditam donos do tempo e das circunstâncias, quando sabemos que somos todos reféns deles. Marina terminou o seu artigo citando Fernando Pessoa. Revisito o mesmo autor, em dois trechos de um poema que fala de escolhas e princípios.
"Claro no pensar, e claro no sentir/ É claro no querer/ Indiferente ao que há em conseguir/ que seja só obter/ Dúplice dono, sem me dividir/ De dever e de ser ... Assim vivi, assim morri a vida/ Calmo sob mudos céus/ Fiel à palavra dada e à ideia tida. / Tudo mais é com Deus".

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna. Folha de São Paulo

Aécio encerra programa do PSDB com as propostas do partido

Na TV, PSDB defende era FHC e ataca governo Dilma

13/10/2011 - 18h52
DE SÃO PAULO - Folha de São Paulo
O programa político do PSDB que foi ao ar em rede nacional de TV na noite desta quinta-feira faz uma defesa da gestão de Fernando Henrique Cardoso na Presidência (1995-2002) e traz o próprio ex-presidente como um dos seus principais destaques.
Com o discurso de combate à inflação, "o maior mal para os trabalhadores", nas palavras de FHC, o programa cita o Plano Real, a Lei de Responsabilidade fiscal e diz que "as principais reformas" feitas no Brasil foram realizadas pelo partido.
Sem citar Lula, FHC diz que o controle das contas do governo foi importante para que o país conquistasse uma série de avanços e refere-se à gestão do sucessor como de continuidade.
"Na época tínhamos certas dúvidas se as mudanças ficariam se mudasse o governo. Por que o PT se opôs a tudo, mas mudou o governo e eles entenderam que era melhor seguir o caminho."
O ex-governador José Serra, que chegou a reclamar por ter ficado de fora das inserções da sigla em São Paulo, também aparece no programa. Cabe a ele fazer as críticas mais diretas ao governo federal, citando problemas na saúde, como o crack, a falta de infraestrutura em transportes e a falta de segurança.
"Não se trata de fazer a crítica pela crítica. É que fiscalizar, apontar o que está errado, ajuda a melhorar. Obriga o governo que está aí há nove anos a trabalhar melhor", afirma Serra, após dizer que a "corrupção" e a "incompetência" ameaçam "progressos sociais".

AÉCIO
Em um segundo momento do programa, mais propositivo, Aécio Neves defende uma "gestão eficiente" do governo e apresenta exemplos de boas práticas de gestões tucanas nos Estados.
O senador mineiro, que já se colocou como possível nome na disputa presidencial de 2014, ocupa quase dois dos dez minutos totais do programa. Tempo pouco superior ao que é dedicado a Serra, com quem Aécio disputa espaço no partido.
O programa também levou ao ar o líder do partido no Senado, Álvaro Dias (PR), o líder na Câmara, Duarte Nogueira (SP), o presidente nacional da sigla, Sérgio Guerra (PE), além dos presidentes do PSDB Mulher, Thelma de Oliveira, e da Juventude do PSDB, Marcello Richa.
Veja a íntegra do programa do PSDB:
Link para vídeo - http://www.youtube.com/watch?v=BxIXrNVGjKk&feature=player_embedded