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Aécio Neves escreve sobre sustentabilidade na Folha

Fonte:  Folha de S.Paulo - 24/10/2011 - Coluna de Aécio Neves
Link para assinantes: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2410201106.htm

Bens coletivos

AÉCIO NEVES
A reflexão sobre a utilização dos recursos naturais do planeta traz em si a gênese de grandes questões contemporâneas: a qualidade da gestão pública, o imperativo da inovação e a necessidade de uma nova ética capaz de responder aos desafios colocados para toda a humanidade.

Nada menos que 55% dos nossos 5.565 municípios poderão ter deficit de abastecimento de água já em 2015, entre eles grandes cidades brasileiras. Os números constam de um trabalho da ANA (Agência Nacional de Águas) e demonstram que esse percentual representa 71% da população urbana, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.

É uma projeção surpreendente. Num cenário de escassez mundial, o desperdício da água retirada no país chega a 40%, mesmo percentual de perda nos sistemas de distribuição urbana, sendo que em algumas cidades, segundo dados da ANA, esse patamar chega a 80% da água distribuída.

Esses dados tornam-se ainda mais graves em face dos desafios coletivos globais. Na aritmética civilizatória, que cresce em proporção e velocidade alucinantes, a realidade é dramática. Dos 7 bilhões de pessoas que praticamente somos hoje, 4 bilhões estão aprisionadas em bolsões de pobreza, grande parte com acesso restrito a serviços públicos básicos. Segundo a ONU, mais de 1 bilhão de pessoas vivem sem acesso à água potável.

O dado de acesso à água é concreto, mas também simbólico e só pode ser compreendido dentro de um contexto de desafios maiores. Para que 4 bilhões de pessoas possam, de fato, emergir para um novo patamar de vida, teríamos que multiplicar por muitas vezes a produção econômica mundial.
As contradições do nosso tempo são gritantes: se todos os 7 bilhões tivessem o mesmo padrão de consumo das populações mais ricas, seriam necessários pelo menos três planetas para nos sustentar!

Nesta equação da sustentabilidade, inovação é a palavra-chave. Não apenas na gestão das políticas públicas e na busca por novos modelos de manejo de bens naturais coletivos. Não apenas dos padrões de produção e consumo. É inadiá-vel uma revisão dos padrões éticos que regem hoje a humanidade. É preciso que partilhemos de forma consciente a responsabilidade uns pelos outros, garantindo o respeito pelas pessoas, independentemente do local em que vivam.

De alguma forma, já tateamos novos caminhos, como os que pontuam a economia criativa, os princípios do comércio justo e as alavancas do microcrédito, capazes de criar uma nova lógica onde antes tudo parecia impermeável.

Cada vez mais sustentabilidade e solidariedade precisarão caminhar juntas. A cooperação não deve ser só escolha pela sobrevivência, mas opção pela dignidade humana.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

Aécio Neves inova com a SWF


Aécio Neves discute campanha de antecipação de metas ambientais


O governador Aécio Neves , inovando sempre em sua politica de proteção do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável,recebeu nesta quinta-feira, dia 23, no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte, o presidente do State of World Fórum (SWF), Jim Garrison, e o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, para acertar detalhes da campanha “2050 em 2020”, que será lançada em Belo Horizonte no dia 4 de agosto, durante a abertura da Conferência Preparatória para a Convenção Mundial sobre Mudanças Climáticas. A SWF é uma das maiores organizações ambientais do mundo.
Esse projeto a ser lançado pelo Governador Aécio Neves coloca o Brasil em posição de destaque na politica de proteção ambiental praticada por grandes países.
Leia mais em:

HOME , O Filme tenta salvar o Planeta Terra









Existe um distrito na periferia de Freiburg, na Alemanha, onde as pessoas decidiram não usar mais automóvel e formaram, assim, o primeiro distrito ecológico do mundo; existe uma ilha na Dinamarca que é emissão zero de carbono; a Islândia está apostando na anergia geotérmica.

E ainda temos metade das florestas do planeta. Por tudo isso, a mensagem do filme "Home, Nosso Planeta, NOssa Casa", produzido por Luc Besson e Denis Carot, exibido ontem no Odeon para convidados, é uma só: "É muito tarde para sermos pessimistas".

O fillme é belíssimo. Aliás, os produtores cinematográficos andam se esmerando em fazer imagens aéreas do planeta, como acontece também no filme "Terra", distribuído pela Disney Nature.

Em "Home" é possível fazer uma viagem histórica, desde a formação do planeta, passando pela invenção da agricultura, até cair na descoberta do petróleo, das máquinas, o que dá ao homem mais poder para conseguir garantir a sua sobrevivência, mas também maior poder de destruição da natureza.

O paradoxo é que, mesmo com todo este poder - um litro de petróleo gera tanta energia quanto um ser humano em 24 horas - há 1 bilhão de pessoas com fome no planeta. Enquanto em regiões áridas da Índia, como se vê nas imagens, mulheres cavam a marretadas poços para tentar um pouco de água, em Las Vegas consome-se 800 a mil litros de água por dia e no mundo todo um a cada dez rios não desaguam mais no mar.

Até 2025, a falta de água vai afetar quase 2 bilhões de pessoas.

Segundo os produtores, a ideia do filme não é passar apenas uma visão pessimista, embora real, das condições atuais de vida no planeta. Mas ajudar a refletir sobre os impactos que tanta produção de conforto está causando.

Pena que aqui no Brasil só 50 cinemas aceitaram passar o filme, enquanto na França ele poderá ser visto em 300 cinemas, segundo a diretora da Europa Filmes, que o lançou aqui. Assim mesmo, dificilmente a gente vai ver um CEO de uma grande empresa, sobretudo as que mais impactam o meio ambiente, entre a plateia interessada.

Deixo com vocês alguns números divulgados na obra e a recomendação de assisti-la. Para ver as fotos em alta resolução, basta ir ao site www.home.com.br <http://www.home.com.br/> .

20% da população mundial consome 80% dos recursos do planeta GEO4, UNEP (Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente) 2007

O mundo gasta doze vezes mais em armas do que em ajuda de desenvolvimento de países SIPRI Yearbook, 2008 (Instituto Internacional de Pesquisa em Paz de Estocolmo) OECD, 2008 (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)

5.000 pessoas morrem todos dias por beber água poluída. Um bilhão de seres humanos não têm acesso à água de beber salutar UNDP, 2006 (Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas)

1 bilhão de pessoas passam fome FAO, 2008 (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) Mais de 50% do grão comercializado ao redor do mundo é usado para ração animal ou biocombustíveis. Worldwatch Institute, 2007 FAO, 2008

40% da terra cultivável é degradada UNEP (Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente), ISRIC World Soil Information A cada ano,

13 milhões de hectares de florestas desaparecem FAO, 2005