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Aécio diz que apoio de Serra chegará em momento oportuno





Aécio diz que apoio de Serra chegará em 'momento oportuno"
GABRIELA GUERREIRO
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
DANIELA LIMA
Folha de São Paulo

A menos de um mês e meio de sua convenção geral --festa programada para selar a liderança do senador Aécio Neves (MG) no comando do PSDB--, o partido ainda não conseguiu superar a divisão interna. Mas o mineiro diz: "Teremos o apoio de [José] Serra no momento oportuno".

Virtual candidato tucano à Presidência da República, Aécio precisou agir nos últimos dois dias contra rumores de que a resistência a seu nome para a presidência da sigla vinha também do gabinete do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.


Anteontem, o senador tucano reuniu-se por três horas com José Serra em São Paulo. Ontem, recebeu o governador em seu gabinete no Senado e dele obteve uma indicação de apoio político.

Alckmin comprometeu-se a acompanhá-lo no encerramento de um congresso do partido na capital paulista, estreia do mineiro com a militância do Estado. Havia dúvidas sobre a presença do governador --ele chegou a sugerir que o ato fosse adiado.

Semana passada, Alckmin esteve em um jantar na casa de Aécio em Brasília, onde disse que o colega não precisaria ser presidente da sigla para ser presidenciável.

A declaração preocupou aliados de Aécio. Na visão desse grupo, a resistência de Serra, sozinha, não abalaria o projeto político do senador dentro do partido. Entretanto, uma divergência com o governador de São Paulo poderia comprometer os planos.

Ontem, Alckmin não só confirmou presença no congresso como disse que chegará ao local com Aécio, o que foi visto como sinal de trégua por aliados do mineiro.



Alan Marques - 8.nov.2000/Folhapress
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) faz discurso em que enumera 13 pontos negativos sobre os 10 anos que o PT esteve na Presidência

UNIDADE PARTIDÁRIA

A convenção nacional do PSDB está marcada para 19 de maio. Construir a unidade partidária tem sido a principal agenda de Aécio. Sem isso, o impulso para sua candidatura perderia embalo.

Aécio e Alckmin deixaram o encontro de ontem afirmando que, até maio, vão achar uma saída para eleger uma "boa direção partidária".

Foi uma referência ao pleito de alguns tucanos de São Paulo que temem uma hegemonia do mineiro. Eles defendem que Aécio ceda cargos estratégicos a aliados de Alckmin e Serra, teoria abraçada pelo governador paulista.

Alckmin tem evitado polemizar com Serra num momento em que não pode desprezar suporte político para reelegê-lo ao Palácio dos Bandeirantes em 2014.

Foram os sinais enviados pelo governador que levaram Aécio ao encontro com Serra na segunda-feira. Segundo aliados de ambos, a conversa terminou inconclusa.

"Serra, temos algo que nos une: o espírito público e o objetivo de tirar o PT do governo", disse o senador no encontro. "Não quero você como aliado, quero você como protagonista."

Serra teria ouvido Aécio sem fazer muitas ponderações. Disse que não poderia ser considerado obstáculo à unidade do partido, pois há anos não é ouvido pela cúpula do PSDB. Os dois encerraram o papo com o compromisso de que voltarão a conversar em duas semanas.

Ontem, Aécio desmentiu a versão de que Serra estaria cobrando cargos na cúpula da sigla para apoiá-lo. Serra havia manifestado irritação com esses rumores.
Fonte : Folha.uol.com.br

Aécio : " Quando Dilma se aproxima do PSDB ela acerta"

Aécio Neves líder da oposição
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O senador afirmou que as medidas divergem da posição adotada pelo PT, que, segundo ele, foi contra ações como o próprio Plano Real

Gustavo Porto e Francisco Carlos de Assis, da Agência Estado

São Paulo - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) elogiou em um tom de ironia o pacote de estímulo aos investimentos para o setor de ferrovias e rodovias anunciado ontem, no total de R$ 133 bilhões. "Toda vez que Dilma se aproxima do ideário do PSDB, ela acerta", afirmou Aécio ao chegar a evento da revista IstoÉ Dinheiro, em São Paulo.

O senador afirmou que as medidas divergem da posição adotada pelo PT, que, segundo ele, foi contra ações como o próprio Plano Real e até contra a eleição de Tancredo Neves, seu avô. "Todas as vezes que o PT precisou optar pelo País, ele optou pelo próprio PT", criticou.

Aécio afirmou ainda que tem dúvidas sobre a capacidade do governo de operacionalizar o pacote, mas avaliou que as medidas tomadas, caso implementadas, contribuirão para o crescimento do País.

Eleições

Indagado se uma possível vitória do candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, facilitaria o seu caminho para a disputa da eleição presidencial em 2014, Aécio desconversou: "Eu torço pela eleição do Serra não por conta de 2014, mas porque ele é o mais preparado para governar São Paulo".

Por fim, o senador voltou a criticar o PT pelo fato de o partido ter entrado na disputa da eleição municipal de Belo Horizonte, rompendo um acordo com o PSB para a reeleição de Mario Lacerda. "O PT criou uma candidatura na base da intervenção e terá dificuldade para se explicar, já que participou do governo de Lacerda", concluiu.

Fonte: Revista Exame

Aécio : RDC para o PAC é prova de incompetência da União

Aécio Neves líder da Oposição

Aécio Neves: RDC para obras do PAC é prova de incompetência do governo federal


O senador Aécio Neves (PSDB/MG) protestou contra a aprovação do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para obras do PAC. O senador disse que, ao mudar as regras apenas dos contratos e obras federais, o governo cria um regime exclusivo para sua própria administração e facilita a prática de irregularidades nos contratos e obras públicas. O novo regime altera as exigências estabelecidas na Lei de Licitações (8.666) e flexibiliza as regras dos contratos públicos federais.

“Estamos impondo um novo e perigoso risco à licitude dos processos licitatórios no País. Estamos permitindo que o governo federal estabeleça quais obras serão licitadas pela Lei 8.666 e quais serão por esse esdrúxulo novo regime diferenciado. Salta aos olhos a razão primária dessa iniciativa do governo: ela traz o reconhecimento da absoluta falta de competência gerencial do governo, que no último ano não conseguiu executar sequer 20% das obras do PAC para as quais existiam recursos garantidos”, afirmou Aécio Neves.

A emenda do RDC foi aprovada pela base de apoio do governo no Senado junto com a Medida Provisória 559, que originalmente autorizava a Eletrobras a assumir o controle acionário das Centrais Elétricas de Goiás S.A. (Celg), concessionária de energia elétrica estadual.

Mudanças na Lei 8.666

O senador defendeu mudanças na legislação atual de licitações com objetivo de dar agilidade aos processos. No entanto, afirmou que esse debate precisa ocorrer de forma ampla no Congresso, e não por meio de uma emenda incluída numa MP, no chamado contrabando legislativo.

“Digo aos senhores como ex-governador de Estado, nosso processo licitatório precisa de aprimoramentos, mas todo aprimoramento tem que ser feito no bojo de uma lei discutida em profundidade nessa Casa, e não por uma iniciativa como essa do governo federal. Se tivermos que discutir a 8.666, criar alternativas, desburocratizá-la, estaremos dispostos. Mas aceitar passivamente mais essa violência contra o parlamento brasileiro, nós, da oposição, estaremos sempre para dizer não”, disse o senador Aécio.

Ineficiência

Em seu pronunciamento na tribuna, o senador Aécio Neves destacou que o governo federal não conseguiu executar sequer 20% das obras do PAC, embora tivesse com recursos garantidos em 2011. Para o senador, o ritmo lento que o governo federal vem imprime às obras é o verdadeiro motivo para as mudanças na lei.

O senador também alertou para a possibilidade de uso político dos investimentos a serem feitos por meio do novo regime. Segundo ele, governadores e prefeitos também irão querer as novas regras para as obras de seu interesse.

“Amanhã, governadores e prefeitos irão buscar incluir suas obras, independente da sua dimensão, no PAC, para que possam ter o RDC como ordenador da sua contratação. E pode ser que o governo federal resolva que as obras dos governos de oposição sejam aquelas que precisaram dos trâmites um pouco mais complexos para serem aprovadas e aquelas que atendam seus aliados sejam as facilitadas nesse novo e inovador processo”, disse Aécio Neves.

A oposição ira governar 52% da população brasileira


Oposição governará 52% da população do país PSDB e DEM administrarão dez estados, que somam mais de 50% do PIB nacional, e já articulam cobranças a Dilma
Fonte: Fabio Brisolla – Globo

A oposição ao governo da presidente eleita Dilma Rousseff pretende assumir uma postura ofensiva desde o primeiro dia do novo mandato.

De acordo com os líderes Rodrigo Maia, do DEM, e Sérgio Guerra, do PSDB, por ser um governo de continuidade, a cobrança seguirá no mesmo ritmo, sem período de trégua para adaptação da nova administração.

O confronto, salientam os dois aliados, será amparado pelos números alcançados nas urnas. Apesar da derrota do candidato à Presidência José Serra, o PSDB venceu a disputa pelos governos de oito estados.

Somados ao DEM, que elegeu dois governadores, a oposição vai responder por estados que, juntos, reúnem 95,6 milhões de pessoas, ou 52% da população do Brasil.

O PSDB elegeu os governadores dos dois maiores colégios eleitorais do país: Minas Gerais (19,2 milhões de eleitores) e São Paulo (39,8 milhões de eleitores), que serão conduzidos respectivamente por Antonio Anastasia e Geraldo Alckmin. Outro trunfo é o governo do Paraná, com o tucano Beto Richa. Nos oito estados, em breve sob administração do PSDB, vivem 47,5% dos eleitores. O conjunto responde ainda por 54,6% do PIB nacional.

Os dois novos redutos do DEM, Santa Catarina e Rio Grande do Norte, correspondem a 5% do eleitorado.

Já o novo governo e seus aliados alcançam também 46,2% do total de eleitores brasileiros, mas em 16 estados, incluindo o Distrito Federal. Os dois principais partidos do governo, PT e PMDB, elegeram dez governadores.

Há, porém, um dissidente: o governador eleito de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, do PMDB, faz oposição a Dilma.

- Não vamos dar seis meses de prazo para a nova administração, como de praxe. Estamos entrando num governo anunciado como de continuação e que, portanto, está em seu nono ano.

- Vamos chegar cobrando a execução de programas, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e também as ampliações prometidas – avisa o deputado federal Rodrigo Maia, presidente do DEM.

Governo leva vantagem em disputa no Congresso

Na Câmara dos Deputados, o PSDB tem 53 parlamentares a partir de 2011, enquanto o DEM contabiliza 43. No Senado, PSDB tem cinco representantes, e o DEM aparece com dois.

- A oposição talvez tenha tido a maior perda no Senado, onde o Lula trabalhou e obteve vitórias importantes. Mas ainda temos uma boa bancada no Senado; e na Câmara mantivemos uma bancada que nos dá condição de cumprir nosso papel – acrescenta Maia.

Os dois principais partidos da bancada governista já dão uma dimensão do potencial da máquina que entra em funcionamento a partir de 2011. O PT fez 88 deputados federais, enquanto PMDB chegou a 79. No Senado, são 20 peemedebistas e 11 petistas.

Para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, os dez estados comandados pela oposição têm uma representação clara: – As eleições estaduais andaram na contramão da eleição nacional. Isso foi um recado da população – avalia Guerra, que reconhece o distanciamento criado com o governo após os confrontos travados durante a campanha eleitoral. E acrescenta: – Quem liderou esse processo foi o presidente Lula.

O líder do PSDB frisou que os governadores do partido devem ficar distantes das disputas políticas que estão por vir.

- Nosso primeiro grande objetivo é governar bem esses estados e confirmar a expectativa dos eleitores de nossos candidatos. Mas os
governadores não vão liderar os processos de oposição – diz Guerra.

O cientista político Cesar Romero Jacob acredita que a tensão resultante da campanha será dissipada por uma nova configuração de forças.

- O foco da briga atualmente é entre o PT e o PSDB de São Paulo. Agora, quem vai governar é uma mineira. E o líder da oposição, provavelmente, será o mineiro Aécio Neves. Portanto, o eixo da política está sendo deslocado de São Paulo para Minas Gerais – ressalta.

Além de Lula e Dilma, o analista aponta Aécio Neves como um dos principais vencedores nas eleições de 2010. Em Minas Gerais, Aécio venceu a disputa para o Senado e, usando seu prestígio político no estado, ajudou a eleger senador, Itamar Franco (PPS), e o governador, Anastasia.

Para Romero Jacob, na medida em que novos protagonistas do cenário político brasileiro assumirem seus postos, o diálogo será restaurado naturalmente.

- Apesar das divergências, há um consenso mínimo entre PT e PSDB em relação ao legado positivo tanto do governo Lula quanto da administração de Fernando Henrique Cardoso. Não existe conflito ideológico, mas sim, político -pondera.