Aécio : "Afastamento de Cunha é o sentimento nas oposições"





Aécio diz que afastamento de Cunha é 'sentimento majoritário'

Líderes da oposição divulgaram nota em que defendem afastamento. Suíça revelou os caminhos de depósitos em contas atribuídas a Cunha13/10/15, 21:41

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta terça-feira (13) que o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara é um sentimento “amplamente majoritário” na oposição.

No sábado (10), líderes de partidos de oposição na Câmara defenderam o afastamento de Cunha, a partir da revelação de detalhes sobre contas que ele supostamente mantinha na Suíça. Por meio de nota, líderes na Casa do PSDB, Solidariedade, PSB, DEM, PPS e Minoria (bloco que reúne os oposicionistas) pedem que ele se afaste do cargo "até mesmo para que ele possa exercer [...] seu direito constitucional à ampla defesa".

“[O pedido de afastamento] É um sentimento amplamente majoritário nas oposições em relação à gravidade das denúncias que recaem sobre o presidente da Câmara dos Deputados”, afirmou Aécio Neves, no Senado.

Questionado sobre se essa nota havia sido combinada com Cunha, Aécio disse não ter conhecimento sobre esta afirmação. "A nota foi feita pelos líderes das oposições na Câmara e, para mim, está valendo”.

Aécio Neves disse que caberá ao presidente da Câmara se defender das “gravíssimas acusações” e afirmou que a situação não pode tirar o foco principal das denúncias, que, segundo ele, é o governo do PT. “As oposições já se manifestaram, inclusive pelo seu afastamento, agora é fundamental que o foco principal dessas denúncias não se perca. O foco é o governo do PT”, disse.

“O governo do PT tentou, em determinado momento, responsabilizar uma fabricada crise internacional para justificar tudo que vem acontecendo no Brasil. Agora quer transferir para oposições a responsabilidade pelo agravamento dessa crise. Não, a responsabilidade é do PT”, afirmou Aécio Neves.


Supremo

Aécio disse que o partido está analisando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liminares que suspendem o andamento dos processos de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados com base no rito definido no final de setembro por Cunha.

“Estamos analisando essas decisões. Obviamente elas têm que ser respeitadas. Obviamente não se pode tirar prerrogativa constitucional do Poder Legislativo”, disse. O senador afirmou, ainda, que é uma decisão que caberá à Câmara decidir sobre a possibilidade de recorrer das decisões.

“Não tive informações. É uma decisão que caberá à Câmara. O que não vamos é cair na armadilha de retirar foco central do que o Brasil vive hoje, a corrupção institucionalizada pelo governo do PT, num país que teve inúmeros beneficiários, no PT e nos seus aliados”, disse.

Nesta terça, o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), afirmou que os partidos de oposição devem recorrer da liminar que suspende rito definido por Cunha para tramitação de pedidos de impeachment.
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Fonte: JL/Globo