Aécio denuncia "truque" do governo Dilma para engordar contas





Aécio Neves critica truque do governo para engordar contas
Tucano afirmou que governo sacou recursos do Fundo Soberano porque país parou de crescer.
Em agenda no Rio de Janeiro nesta terça-feira, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, criticou a manobra do governo federal para conseguir engordar suas contas em 2014 - na segunda-feira, a Fazenda informou que o Tesouro vai sacar 3,5 bilhões de reais do Fundo Soberano para ajudar a encorpar as economias para o pagamento dos juros da dívida. O tucano atribuiu ao governo da presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) a culpa pelo atual cenário econômico do país, que tem perspectiva de crescimento em torno de 1%. Aécio lembrou que o governo federal teve de buscar recursos do Fundo Soberano, porque “o país parou de crescer”.


"O governo busca no Fundo Soberano recursos para fechar as contas, porque o país parou de crescer. E a responsabilidade não é, como quer a presidente da República, única e exclusivamente da crise internacional. No momento em que o governo demoniza por dez anos parcerias com o setor privado, afasta investimentos que poderiam permitir um crescimento maior da economia”, afirmou. O tucano classificou o crescimento da economia brasileira como "pífio".


Aécio fez uma viagem de barca do Centro do Rio à região central de Niterói na manhã desta terça. Para melhorar o deslocamento nas médias e grandes cidades, o presidenciável prometeu um “mutirão de mobilidade” com “regras claras que atraiam o capital privado”. “Vamos atrair o capital privado, priorizando o Metrô de superfície e Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs). No nosso governo, com a credibilidade da política econômica, iremos fazer com que os investimentos privados, que não têm sido parceiros na dimensão necessária, possam melhorar a vida do trabalhador”, afirmou Aécio.


Depois de chegar ao centro de Niterói, Aécio seguiu para uma caminhada no bairro de Icaraí, onde parou em uma padaria para tomar café e fez corpo-a-corpo com eleitores. O tucano voltou a repetir que vai criar uma alternativa para o fim do fator previdenciário, mecanismo criado no governo Fernando Henrique Cardoso “Não vamos acabar. Vamos substituir o fator previdenciário que pune os aposentados por um sistema que preserve a remuneração”, afirmou.


O tucano também voltou a criticar as mudanças e adaptações no programa de governo da adversária Marina Silva (PSB), mas evitou indicar uma data para apresentar o seu. “Nosso programa de governo não será feito a lápis. Lançamos um programa para o Nordeste, com metas claras para diminuir as diferenças na educação daquela região em relação ao restante do Brasil”, afirmou.

Fundo Soberano - Em 2012, o governo fez manobra parecida. No último dia do ano, o Tesouro Nacional fez um resgate de 8,847 bilhões de reais do Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização (FFIE) – caixa onde estão aplicados os recursos do Fundo Soberano. Uma portaria do Diário Oficial da União de 31 de dezembro autorizava o resgate de títulos públicos neste valor que estavam depositados no Fundo, que é uma espécie de poupança fiscal criada em 2008 para servir de respaldo em períodos de dificuldades econômicas. O uso de recursos do Fundo Soberano foi considerado o pontapé inicial da degringolada da credibilidade fiscal do Brasil. A alternativa foi considerada oportunista e a prova de que o Planalto havia perdido o rigor técnico.

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