Aécio diz que pesquisa Datafolha é positiva para a oposição




Aécio diz que pesquisa Datafolha é 'positiva para a oposição'

 Folhapress

ADRIANO BARCELOS RIO DE JANEIRO, RJ - O senador e candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) avalia que o resultado da pesquisa Datafolha, que aponta elevação dos índices de intenção de voto na presidente Dilma Rousseff (PT), de 34%, na rodada de junho, para 38% agora, não pode ser considerado positivo para a presidente.

O candidato tucano --;que oscilou na mesma pesquisa de 19% há um mês para 20% agora-- disse ainda que o resultado não tem relação com a realização da Copa do Mundo e reforça a convicção de que a oposição forçará o segundo turno. Aécio aposta que o quadro mudará quando os candidatos de oposição forem mais conhecidos do eleitorado. 
O tucano vê ainda um indicativo de que os índices de nulos e brancos seguirão caindo nos próximos levantamentos. O índice de entrevistados que tendem a anular o voto ou votar em branco caiu de 17% para 13%. "Eu acho extremamente positivo o resultado da pesquisa num aspecto até agora pouco explorado: a diminuição no índice de votos nulos e brancos. 
Eles asseguram o segundo turno e essa diminuição tende a continuar ocorrendo", afirmou o presidenciável, que prosseguiu: "Não vejo avanço (de Dilma na pesquisa). Analisada de forma mais ampla, o que percebemos é que o estreitamento na diferença levará ao segundo turno, mesmo (Dilma) tendo 100% de conhecimento por parte do eleitorado, o que não acontece com os candidatos de oposição. Essa pesquisa é muito positiva para a oposição". 

No Rio nesta quinta-feira (3), Aécio se reuniu com o coordenador de seu programa de governo, o ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia, para encaminhar o programa de governo que será protocolado pelo senador no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no sábado, em Brasília. Anastasia e Aécio, que chegou ao prédio onde deverá funcionar o QG de sua campanha no Rio ao lado da filha Gabriela Neves, 22 anos, evitaram detalhar o plano. 
O candidato tucano destacou que os pilares de sua política econômica serão o combate à inflação e a retomada da capacidade industrial. Fez ainda um aceno a governadores e prefeitos ao se comprometer com a descentralização do poder e indicou como princípios a transparência, a inovação, a simplicidade e o resgate da confiança interna e externa.

 O documento que será divulgado no sábado trará ainda compromissos com reformas apontadas como "nucleares" por Anastasia: no serviço público, na segurança, tributária, política e de infraestrutura. No serviço público, o senador tem criticado o apadrinhamento político e apontado para a meritocracia --uma diretriz em suas gestões no governo mineiro. 
Na segurança, Aécio tem repetido que a União deveria se envolver mais no tema e, em outras visitas ao Rio, citou reiteradas vezes que a experiência das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) poderia ser replicada em outras regiões metropolitanas do país. Nesta quinta-feira, Aécio explicou que o investimento em infraestrutura de um eventual governo tucano se daria por meio "de parcerias público-privadas", visto que os tucanos avaliam que a realidade das contas públicas indica dificuldades para a realização de obras.

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