Aécio :" Ministro da Justiça age como advogado de defesa do PT"


Em resposta a Cardozo, Aécio diz que ministro age como advogado do PT

FOLHAPRESS

Em novo round no embate com o governo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou na noite desta quinta-feira (5), por meio de nota, que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem se comportado como "militante partidário e como advogado de defesa do PT".

O ataque é uma tréplica ao ministro, que convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta para rebater as acusações feitas pelo tucano de que o governo atuou para incluir nomes da oposição na lista d

Sem citar Aécio nominalmente, Cardozo afirmou que as acusações da oposição eram inaceitáveis. "Posso afirmar em alto e bom som: se, no passado, governos agiam dessa maneira, (...) não nos meçam por réguas antigas, pelo que já foi", disse.

Horas após a fala do ministro, Aécio divulgou uma nota por meio de sua assessoria, em que afirma que "a imprensa tem noticiado as controversas e questionáveis movimentações do ministro da Justiça nos últimos meses".

"Elas mostram que o senhor Cardozo tem se comportado cada vez mais como militante partidário e como advogado de defesa do PT do que como ministro da Justiça", completou.

Conforme a Folha de S.Paulo revelou nesta quarta (4), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não abra uma investigação contra Aécio Neves.

O nome do tucano foi citado lateralmente por delatores da Operação Lava Jato. Janot, no entanto, entendeu que não havia indícios suficientes para a instauração de inquérito. Embora a PGR não tenha tornado pública a lista de autoridades que devem ser investigadas no STF, ontem, Aécio disse que sentiu-se "homenageado" ao saber que não figurava na relação encaminhada por Janot ao Supremo.

Na mesma ocasião, ele aproveitou para acusar setores do governo de tentar "envolver a oposição na investigação". Relator do caso no STF, o ministro Teori Zavascki deve se pronunciar nesta sexta-feira sobre os pedidos de abertura de inquérito feitos pela Procuradoria-Geral da República.

Jornal O TEMPO