
Emocionalismo ainda eleva Marina
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A semana mal começou e já deixa sinais de que será uma das mais quentes entre os presidenciáveis. Enquanto se prepara para ir ao ataque contra a nova candidata presidencial do PSB, a ex-ministra Marina Silva, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), troca farpas com ela no primeiro confronto em torno de gestão. A pessebista criticou o estilo gerentão da petista, que rebateu, acusando falta de experiência da outra. Nesta terça-feira (26), o Ibope divulga sua primeira pesquisa nesse novo cenário, avaliando a novidade Marina, no mesmo dia em que acontece o primeiro debate presidencial a ser realizado, nesta noite, pela TV Bandeirantes.
Se o Ibope tende a confirmar o fenômeno “não político” que catapultou a candidatura da ex-ministra ao segundo lugar, os concorrentes terão a oportunidade de iniciar a operação realidade ou desconstrução da imagem dela que se formou após a tragédia que vitimou o ex-candidato presidencial do partido dela, Eduardo Campos. Não é uma situação lógica. Alguns analistas associam seu inesperado crescimento a um fenômeno psicossocial e não político. Em um cenário, o emocionalismo que sustenta seu crescimento pode ser mantido, promovendo até mesmo sua eleição no segundo turno. Havendo contraponto, ou um choque de realidade, em outro cenário, o crescimento da candidata do PSB poderia ser abortado. Seria ela um mito antipolítico, antissistema, uma onda verde, como está se apresentando? Se não for sustentável, irá se dissipar. Caso contrário, vai ao segundo turno.
Setores do PT acenaram aos tucanos com proposta de ataque conjunto a Marina nesta terça à noite, mas o candidato presidencial Aécio Neves (PSDB) rejeitou, reafirmando que não mudará sua estratégia de polarizar com o governo petista e buscar ampliar seu conhecimento. Já o PT está convencido de que o adversário mudou e realinhará suas baterias na direção da ex-ministra, deixando os tucanos de lado.
Anjo ou candidata
Entre os tucanos, a orientação é aguardar esta e a próxima semana para avaliar os efeitos dos programas de televisão e rádio e exposição da nova candidata. Nesta quarta-feira (27), por exemplo, ela enfrentará a “temida” bancada do Jornal Nacional, da TV Globo, conferindo a ela, até lá, o centro das atenções, o ponto máximo de exposição, desde a morte de Eduardo Campos.
Ou seja, tempo há para reverter a situação, e tudo vai depender do que Marina mostrar na televisão e nos debates. Continuará sendo anjo ou candidata de um pequeno partido, tentando furar o bloqueio de 20 anos da polarização tucano-petista?
Três pesquisas
Se há dúvidas quanto aos rumos da sucessão presidencial, pesquisas não faltarão. Nesta terça-feira, sai o Ibope; nesta quarta, será divulgada a sondagem da Confederação Nacional dos Transportes (CNT/MDA); na sexta, mais um Datafolha. Antes da morte de Campos, e muito antes ainda, Marina aparecia, em abril deste ano, em terceiro lugar em dois institutos; apenas um, o Datafolha, a colocava em segundo lugar, onde deve estar nesta quarta. Para completar a semana, na sexta-feira (29), o Banco Central divulga o resultado do PIB do Brasil do segundo trimestre.
Sucessão estadual
Enquanto o meio político nacional e estadual tenta digerir a reviravolta no quadro sucessório presidencial, a eleição estadual mineira sumiu e se perdeu. Situação desfavorável para um, o tucano Pimenta da Veiga, que busca ficar mais conhecido, e favorável ao petista Fernando Pimentel, que