Governo Dilma ja admite fracasso na meta de crecimento



Fonte: Correio Braziliense

Link: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/33,65,33,3/2014/06/24/internas_economia,434166/governo-ja-admite-crescimento-do-pib-abaixo-do-estimado-em-2014.shtml

Governo já admite crescimento do PIB abaixo do estimado em 2014



Integrantes da equipe econômica esperam que o Banco Central divulgue na quinta-feira revisão para baixo da estimativa para o crescimento da economia em 2014, de 2% para 1,5%. Analistas de mercado, contudo, apostam em menos de 1%

Deco Bancillon

Publicação: 24/06/2014 06:00 Atualização:

O governo jogou a toalha e, diante de sinais cada vez mais claros de enfraquecimento da economia, já admite perseguir um crescimento menor em 2014. A expectativa do mercado financeiro e até de integrantes da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff é que o Banco Central (BC) revisará de 2% para algo em torno de 1,5% a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) no ano.

A nova projeção será divulgada na quinta-feira, durante apresentação, pelo BC, do relatório trimestral de inflação. O documento contém projeções para diversos indicadores econômicos, como o próprio o custo de vida, o PIB e as contas públicas. Em março, a instituição anunciou a previsão de expansão da economia de 2%. Mesmo naquela época, o número já era considerado excessivamente otimista pelo mercado financeiro, que apostava numa alta de, no máximo, 1,7% (veja arte).

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Agora, mais uma vez, as estimativas oficiais — caso se confirme a revisão para 1,5% — estão também descoladas do que pensam os principais analistas de bancos e corretoras do país. Uma prova é que o relatório Focus, que reúne as projeções dos departamentos econômicos de cerca de 100 instituições financeiras, mostrou ontem que o mercado espera uma alta do PIB em 2014 de apenas 1,16%.

Pessimismo

Há quem preveja cenário ainda pior. “Dados recentes sobre a atividade econômica nos levaram a revisar para baixo nossas previsões do PIB”, escreveram, em relatório a clientes, as economistas Adriana Dupita, Fernanda Consorte e Tatiana Pinheiro, do banco Santander. “Esperamos, agora, um magro crescimento de 0,9% este ano, seguido por um resultado também abaixo de 1%, em 2015”, concluíram.