Aécio quer oposição unida


Fonte: Diário do Congresso

Aécio defende a união das oposições


Aécio Neves - PMDBUm dos dias mais movimentados do camarote oficial da prefeitura foi a sexta-feira de Carnaval, quando o senador do estado de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), esteve presente com a comitiva de líderes das siglas oposicionistas ao PT no estado.

Pela tarde, ele e o prefeito ACM Neto (DEM) estiveram noCampo Grande e à noite no bairro da Barra. Um dos momentos mais constrangedores da visita foi quando a comitiva estava na sacada do camarote e um grupo de foliões vaiou e fez gestos obscenos para o visitante. Sem se abater e animado, o tucano não media elogios ao demista e destacava o projeto de união do PSDB, DEM e PMDB para derrubar o sucessor de Jaques Wagner (PT), Rui Costa.

“O PSDB tem uma característica que é respeitar as construções regionais, e elas se dão muito em razão da realidade de cada estado. Não há uma imposição por parte do PSDB. O que é prioridade para o partido é que nós estejamos unidos, que a aliança vitoriosa que trouxe ACM Neto (DEM) para fazer a bela administração que faz em Salvador possa ser mantida também na disputa pelo governo do estado. Achamos que essa aliança tem todas as condições de ser vitoriosa e é um privilégio”, destacou Aécio.

Questionado sobre qual seria a preferência para encabeçar a chapa, o mineiro, assim como o prefeito, desconversou e chamou atenção para a unidade do bloco.

“É muito bom nessa aliança você ter um nome do ex-governador Paulo Souto (DEM), um dos homens públicos mais respeitados do Brasil e também companheiros da estirpe, do valor do companheiro Geddel (PMDB). É excelente que nós tenhamos alternativas. Mas essa decisão será tomada pela aliança e, obviamente, o prefeito ACM Neto, ao lado do deputado e meu líder Antonio Imbassahy (PSDB) e outros companheiros como João Gualberto (PSDB) [cotado para vice da chapa] estão construindo esse caminho”, declarou o tucano, mesmo os seus principais aliados e companheiros de partido desejarem Souto na frente da disputa.

Na esfera nacional, Aécio não mediu críticas ao governo da sua principal rival, Dilma Rousseff (PT). “O PT armou uma armadilha que nos colocou na inflação alta e crescimento baixo com a perda crescente da credibilidade do Brasil. Mas em outro momento, quando voltarmos, vamos crescer de forma sustentável, gerando empregos cada vez de melhor qualidade…”, disse Neves, em tom de campanha. Ainda completou: “A chapa ideal é aquela onde os partidos [PSDB, DEM e PMDB] estejam juntos trabalhando de forma a complementar, pela Bahia, o trabalho que pode ser realizado pelo Brasil”.