
Um apoio eleitoral difícil de conseguir
Marina diz que a eleição em BH, assim como a de São Paulo, tomou característica de disputa nacional
Baptista Chagas de Almeida
Publicação: 28/09/2012 04:00
A campanha eleitoral deste ano esconde uma estrela solitária. Provavelmente por causa de sua radical coerência. A ex-ministra de Meio Ambiente e candidata à Presidência da República em 2010, Marina Silva (ex-PV), no entanto, tem percorrido o país e defendido algumas candidaturas. Outras, mesmo que a elas seja simpática, rejeita dar apoio público. Tem suas razões. No Rio de Janeiro, por exemplo, Marina bem que queria dar uma força ao candidato do PSOL, Marcelo Freixo. Mas se negou a fazer isso, porque tem uma colega de partido, Aspásia Camargo, que está atrás nas pesquisas. Freixo agora joga as fichas na ex-senadora Heloísa Helena, hoje vereadora em Maceió, de seu partido. Não tem tu, vai tu mesmo para usar o carioquês.
Em Minas, durante evento sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável, Marina Silva declarou apoio à candidatura de Durval Ângelo (PT) a prefeito de Contagem. E ficou nisso. Sobre Belo Horizonte, onde foi a candidata mais votada para presidente no primeiro turno dois anos atrás, declarou absoluta neutralidade. E poderia apoiar tanto Patrus Ananias, do PT, de quem foi colega no ministério do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quanto Marcio Lacerda (PSB), que tem como companheiro de chapa o deputado estadual Délio Malheiros, que é do PV.
A justificativa também é coerente. Marina diz que a eleição em Belo Horizonte, assim como a de São Paulo, tomou a característica de uma disputa nacional, envolvendo a presidente Dilma Rousseff de um lado e o presidenciável tucano, senador Aécio Neves, de outro.
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Estado de Minas / Em Dia com a Política