O Futuro das Cidades no Urban Age



Em 2007, o Urban Age, uma iniciativa conjunta da London School of Economics and Political Science e da Deutsche Bank’s Alfred Herrhausen Society, iniciou um programa de pesquisa em quatro cidades da India (Mumbai, Calcutá, Delhi e Bangalore), seguido por uma conferência em Mumbai, para entender como essas cidades estão lidando com os desafios do crescimento e comparar essa resposta com as que são encontradas em outras cidades pelo mundo. fonte: http://www.gabinetesoninha.blogspot.com/

As quatro cidades estudadas tem uma população de quase 35 milhões de pessoas (78 se incluirmos as regiões metropolitanas) e uma economia que movimenta cerca de $360 bilhões no escopo de suas aglomerações.
O crescimento dessas cidades foi explosivo nas últimas décadas do século XX, largamente alimentado pelas pessoas que se mudaram do campo para trabalhar nas cidades que se industrializavam rapidamente. Esse crescimento diminuiu nos últimos anos, mas criou forte pressão sobre a infraestrutura. Ruas que não foram projetadas para carros estão sufocadas pelo tráfego, com conseqüências que incluem o aumento da poluição, queda da eficiência econômica e uma contribuição para o desafio global das mudanças climáticas. Sistemas de drenagem e saneamento também estão sobrecarregados, levando a índices consideráveis de fatalidade decorrentes de enchentes e doenças (mais ainda pelos padrões climáticos alterados como resultado do aquecimento global).

Depois de décadas de mudanças velozes, essas cidades ocupam hoje o ponto de culminância entre a economia globalizada e os desajustes que surgem em seguida: indústrias de ponta na área da Tecnologia da Informação convivem com baixas taxas de alfabetização, novos condomínios dão vista para favelas. As densidades variam, mas tendem a ser mais altas nas áreas mais pobres: na Grande Mumbai, mais de 50% da população vive em favelas que ocupam 8% do solo da cidade.

Cada uma das cidades estudadas pelo Urban Age está buscando empregar o uso do solo e o planejamento de transporte para assegurar uma forma mais integrada e eficiente de desenvolvimento urbano, mas toas enfrentam desafios sistêmicos e comportamentais:
- O crescimento urbano acelerado atropelou o processo de planejamento, resultando em planos reativos e, frequentemente, ultrapassados;
- A execução é fraca e a área do planejamento é vista como de baixa capacidade, levando à perda da credibilidade;
- Uso do solo e planejamento do transporte são conduzidos como atividades separadas, levando a novos empreendimentos sem transporte, e infraestrutura de transporte que falha na expansão das visões de longo prazo da cidade;

- A responsabilidade pelo uso do solo e o planejamento de transportes é fragmentado entre diferentes órgãos e níveis de governo, apesar de recentes mudanças constitucionais voltadas para a racionalização das estruturas locais de governo.
Aproveitando o dinamismo do desenvolvimento urbano na India, os líderes das cidades podem fazer a diferença. Com reforma organizacional e a criação de novas estruturas governamentais que reconheçam o papel das cidades, eles podem colocar suas cidades na linha de frente do crescimento sustentável".