Secretaria de Comunicação posta dados errados em rede social
Por ESTADÃO CONTEÚDO
26/09/20 - 21h13
https://www.otempo.com.br/
Foto tirada em 26 de agosto de 2020 mostra a carcaça de um guaxinim em uma área queimada no Pantanal, Estado de Mato Grosso, Brasil
Foto: JOAO PAULO GUIMARAES / AFP
A Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais para divulgar informações distorcidas sobre a área total queimada no Brasil em 2020 e indicou erroneamente que seria a menor dos últimos 18 anos.
Em seu canal oficial no Twitter, a Secom declarou: “Mesmo com os focos de incêndio que acometem o Pantanal e outros biomas brasileiros, a área queimada em todo o território nacional é a menor dos últimos 18 anos. Dados do Inpe revelam que 2007 foi o ano em que o Brasil mais sofreu com as queimadas”.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do governo federal, a área total queimada no país, incluindo todos os biomas, foi de 121,3 km² entre os meses de janeiro e agosto. No post, a Secom compara esse dado parcial - de 8 meses - com o resultado dos 12 meses completos dos anos anteriores.
O dado de janeiro a agosto deste ano ficou abaixo do verificado no mesmo intervalo de 2019, quando 131 km² de matas em todos os biomas foram queimadas no país, mas supera o ocorrido em 2018 (76 km²) e 2017 (96 km²), por exemplo. Além disso, o segundo semestre de todo ano é, historicamente, o período de maior concentração de queimadas em todo o Brasil.
A publicação não cita os dados do Pantanal, que enfrenta a sua situação mais dramática. Entre janeiro e agosto deste ano, mais de 18,6 mil km² deste bioma queimaram. Para se ter uma ideia, no mesmo intervalo do ano passado, o Pantanal perdeu 6,4 mi km² de área. Á área que queimou na região entre janeiro e agosto de 2020 é maior do que tudo o que foi destruído no bioma entre 2014 e 2019, somados. A fonte dessas informações é o Inpe.
Os 18,6 mil km² de área do Pantanal consumidos pelo fogo nos oito primeiros meses deste ano já aproximam do total verificado durante os 12 meses do ano passado, quando 20,8 mil km² foram destruídos. Como historicamente o mês de setembro é o pior do ano em relação às queimadas, o número anual deve ser superado.
Foto tirada em 26 de agosto de 2020 mostra a carcaça de um guaxinim em uma área queimada no Pantanal, Estado de Mato Grosso, Brasil
Foto: JOAO PAULO GUIMARAES / AFP
A Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais para divulgar informações distorcidas sobre a área total queimada no Brasil em 2020 e indicou erroneamente que seria a menor dos últimos 18 anos.
Em seu canal oficial no Twitter, a Secom declarou: “Mesmo com os focos de incêndio que acometem o Pantanal e outros biomas brasileiros, a área queimada em todo o território nacional é a menor dos últimos 18 anos. Dados do Inpe revelam que 2007 foi o ano em que o Brasil mais sofreu com as queimadas”.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do governo federal, a área total queimada no país, incluindo todos os biomas, foi de 121,3 km² entre os meses de janeiro e agosto. No post, a Secom compara esse dado parcial - de 8 meses - com o resultado dos 12 meses completos dos anos anteriores.
O dado de janeiro a agosto deste ano ficou abaixo do verificado no mesmo intervalo de 2019, quando 131 km² de matas em todos os biomas foram queimadas no país, mas supera o ocorrido em 2018 (76 km²) e 2017 (96 km²), por exemplo. Além disso, o segundo semestre de todo ano é, historicamente, o período de maior concentração de queimadas em todo o Brasil.
A publicação não cita os dados do Pantanal, que enfrenta a sua situação mais dramática. Entre janeiro e agosto deste ano, mais de 18,6 mil km² deste bioma queimaram. Para se ter uma ideia, no mesmo intervalo do ano passado, o Pantanal perdeu 6,4 mi km² de área. Á área que queimou na região entre janeiro e agosto de 2020 é maior do que tudo o que foi destruído no bioma entre 2014 e 2019, somados. A fonte dessas informações é o Inpe.
Os 18,6 mil km² de área do Pantanal consumidos pelo fogo nos oito primeiros meses deste ano já aproximam do total verificado durante os 12 meses do ano passado, quando 20,8 mil km² foram destruídos. Como historicamente o mês de setembro é o pior do ano em relação às queimadas, o número anual deve ser superado.