Presidente dos Correios faz reunião no comitê de Pimentel. Mais um escândalo na conta do PT


ESTADO DE MINAS

EM DIA COM A POLÍTICA – Baptista Chagas de Almeida

Vai haver uma carta de alforria?

http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/emdia/2014/10/02/interna_politica,129458/vai-haver-uma-carta-de-alforria.shtml

O próprio presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, estava presente na reunião. E sabe onde ela foi? No comitê central de Fernando Pimentel


Se andava morna, morna a campanha pela disputa do governo estado em Minas, ela ferveu de uma hora para outra, com a divulgação do vídeo em que o deputado estadual Durval Ângelo, integrante do Diretório Nacional do PT e coordenador da campanha do ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, agradece a funcionários dos Correios o empenho na campanha.

Algumas frases do vídeo divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo são eloquentes, falam por si só: “Se hoje nós temos uma capilaridade na campanha do Pimentel e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios”. Mais não precisa ser dito.


Ah, sim! Algo ainda é preciso ser dito. O próprio presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, estava presente na reunião. E sabe onde ela foi? No comitê central da campanha de Fernando Pimentel. Ele alegou que o encontro em que estava foi realizado “fora do expediente de trabalho”. Faz diferença?

Faz, porque a ele foi dito por Durval Ângelo: “Então, nós queremos que você leve à direção nacional do PT, que eu também faço parte, à direção nacional da campanha da Dilma, a grande contribuição que os Correios estão fazendo”. E isso depois de citar o crescimento dos petistas nas pesquisas no estado.


É indelicado usar aquela frase do batom na... Mas o candidato do PSDB ao Palácio da Liberdade, Pimenta da Veiga, anunciou que vai acionar a Justiça contra o uso da máquina pública na campanha, que é expressamente vedado na legislação eleitoral. O tempo é curto para saber se dará resultado. A desculpa do “fora do expediente” não resiste à “capilaridade da campanha”.


É esfarrapada. Se os fatos produzirão algum efeito, é difícil saber se a Justiça Eleitoral terá agilidade suficiente. Mas eles certamente mostram que, neste caso, uma carta de alforria não é merecida.