http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/07/10/interna_politica,121395/traicoes-em-serie.shtml
Os partidos dos três principais candidatos ao governo em Minas também contabilizam baixas e adesões e, pelo menos por enquanto, para a maioria vale a política do “chifre trocado não dói”. O PSB, depois de anunciar a candidatura de Tarcísio Delgado ao governo, é o que mais teve traições anunciadas publicamente. Além da bancada estadual, que pediu para apoiar o tucano Pimenta da Veiga, o prefeito Marcio Lacerda e o recém-filiado Alexandre Kalil, presidente do Atlético, chamaram a imprensa para dizer que são dissidentes.
O presidente do PSB mineiro, deputado federal Júlio Delgado, até agora não fala em punição. Disse que vai esperar a campanha começar para ver qual será o comportamento dos filiados, que ainda espera ter de volta no projeto do partido. “Vamos continuar a caminhada e quem sabe o nosso nome colocado empolgue a população e eles voltam para o nosso lado”, afirmou. Para Delgado, a dissidência “não incomoda” e já era esperada, pois o grupo rebelde votou contra a candidatura própria na convenção. O PSB, por sua vez, garante que também receberá apoio de insatisfeitos de outros partidos, como o PMDB.
No PSDB também não se fala em punição, mas, para o presidente da legenda, deputado federal Marcus Pestana, não haverá traição. Ao contrário, ele afirma que o candidato do partido tem recebido, além do PSB, apoio de prefeitos do PMDB. “A infidelidade tem que ser a coisa mais secreta do mundo, aí a gente não mapeia. Mas sempre temos grande parte dos prefeitos e vereadores do PMDB e a simpatia do PSB ao nosso projeto. Lá (PSB), quem tem mais votos está conosco”, afirmou.
O PT também não revela quem são os “amantes”, pois acredita que cabe aos infiéis se revelarem, mas contabiliza adesões do PP, PSB, PSD e até no PSDB. “Do PT não temos notícia, pelo contrário, a informação é que 100% estão antenados com nossos movimentos. Se tiver infidelidade vamos expulsar”, afirma o presidente do partido, deputado federal Odair Cunha.