Dilma usa comparação de ter, ou não ter cachorro, para se defender



Fonte: Folha de S.Paulo online

Data: 11/04/2014 — 11h48
Link: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2014/04/1439167-dilma-faz-comparacao-canina-ao-defender-obras-da-copa.shtml

Dilma faz ‘comparação canina’ ao defender obras da Copa

FELIPE BÄCHTOLD

DE PORTO ALEGRE

Em meio ao aumento da pressão sobre o Brasil por causa do ritmo lento de obras relacionadas a eventos esportivos, a presidente Dilma Rousseff procurou nesta sexta-feira (11) minimizar a situação dos atrasos em obras em aeroportos pelo país. Para isso, usou como exemplo as críticas às pessoas que têm ou não cachorros em casa.

O raciocínio começou ao falar sobre "robustez fiscal". "Nesse período [governo atual] nós reduzimos, reduzimos, sim, impostos. E é interessante que muitas vezes no Brasil, você é, como diz o povo brasileiro, muitas vezes você é criticado por ter o cachorro e, outras vezes, por não ter o mesmo cachorro. Esta é uma crítica interessante que acontece no Brasil."

Minutos depois, voltou ao tema canino, desta vez para falar das obras dos aeroportos.

"Então, nessa história de preso por ter cachorro, criticado por ter cachorro e criticado por não ter o cachorro, o que eu estou explicando para vocês é o seguinte: as obras [dos aeroportos], rigorosamente falando, atendem a Copa, mas elas não são para a Copa, elas são para o povo desse país, para o povo desse Estado."

"E aí, é aquilo, quando a gente vai dar uma festa na casa da gente, você dá uma melhorada na casa, quando vai ter o casamento, você pode dar até ampliada na casa, mas todos os benefícios ficam para quem mora na casa, e é isso que acontece conosco", completou.

No discurso, a presidente citou os aeroportos de Brasília e de Porto Alegre. No caso da capital gaúcha, a situação é crítica –apenas 2% da reforma estava concluída em fevereiro deste ano.

Dilma disse que os terminais de Porto Alegre e Brasília "dão de sobra para a Copa", e citou a expansão do tráfego aéreo no país –motivada, segundo Dilma, pelo aumento do poder de compra da população.