PMDB mostra insatisfação com Dilma




PMDB sai insatisfeito de reunião com Dilma

BRASÍLIA - Em vez de desatar o nó da reforma ministerial, as seis horas de conversa na segunda-feira com a presidente Dilma Rousseff serviram para esgarçar ainda mais a relação do Planalto com o PMDB. A expectativa do partido era que a presidente batesse o martelo sobre seu novo espaço no governo neste ano de reeleição, o que não aconteceu. E mais: Dilma não se mostrou disposta a atender as reivindicações dos peemedebistas, alegando que precisa acomodar outros aliados. O PMDB queria ampliar sua cota de cinco para seis ministérios.

Irritado, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), convocou uma reunião da bancada para esta quarata-feira, às 15h, e ameaça abrir mão dos ministérios do Turismo e da Agricultura, da cota dos deputados, o que significaria rompimento com o governo. Dilma vetou a presença de deputados na composição de seu novo Ministério. Alegou que não vai firmar compromisso com um parlamentar para que ele não dispute a reeleição, com a garantia de que permanecerá no cargo em caso de reeleição.

O motivo real seria, no entanto, que Dilma não quer aceitar indicações de Eduardo Cunha. Assim, o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), nem chegaram a pôr na mesa os nomes dos deputados Leonardo Quintão (MG), Sandro Mabel (GO) e Eliseu Padilha (RS).

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