
Um governo ainda desnorteado entre as reivindicações das
ruas e a pressão da base aliada enterrou e ressuscitou ontem, em um intervalo
de cerca de cinco horas, o projeto de plebiscito sobre a reforma política com
regras valendo já para as eleições de 2014. Veio do vice-presidente Michel
Temer, no fim da manhã, a declaração que representaria a pá de cal sobre a
intenção da presidente Dilma Rousseff de propor a consulta popular para
fundamentar a reforma do sistema político brasileiro. "Não há mais
condições, e vocês (jornalistas) sabem disso, de fazer qualquer consulta antes
de outubro. E, não havendo condições temporais para fazer essa consulta,
qualquer reforma que venha só se aplicará para as próximas eleições (2016), e
não para esta (2014)", disse Temer, depois de se reunir, no Palácio do
Jaburu, com líderes da base de sustentação do governo no Congresso.
Estado de Minas