Aécio volta a insistir: "Digo ao Brasil: É mentira. É calúnia. É injúria. É difamação"





“Digo ao Brasil, e aos mineiros de forma especialíssima, com todas as letras: É mentira. É calúnia. É injúria. É difamação”, pronunciou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), nesta terça-feira (04/04), na Tribuna do Senado Federal, ao repudiar a falsa acusação publicada pela revista Veja esta semana.

Aécio cobrou responsabilidade da revista na publicação da acusação que teria sido feita por fonte não identificada, mas sem qualquer comprovação da informação por parte da Veja. Segundo a revista, ex-executivo da Odebrecht teria afirmado em delação premiada a existência de uma conta da irmã do senador, Andrea Neves, em banco de Nova York (EUA), para recebimento de recursos ilícitos. Veja não informou, no entanto, sequer o nome do banco.

“Mostrem o banco, mostrem a conta, e essa farsa ficará desmascarada de forma definitiva. Mais importante do que descobrir a origem da mentira, é desmascará-la. Em qualquer que seja a hipótese, lamentavelmente, a revista, mesmo alertada do erro da informação, mesmo não dispondo sequer do nome do banco a qual se referia, não teve a precaução de confirmar a denúncia, antes de estampá-la em sua capa. Mesmo eu tendo oferecido a ela toda colaboração para ajudar a apurar a verdade”, protestou Aécio.

Em seu pronunciamento, o senador e presidente nacional do PSDB relembrou sua trajetória na vida pública durante mais de 30 anos e denunciou o uso das delações que estão sob responsabilidade da Justiça para atacar pessoas.

“Reputações não podem permanecer reféns da má-fé de vazamentos selecionados. É importante que haja uma resposta efetiva a essa prática criminosa”.

Aécio informou que adotou medidas cabíveis para garantir seu direito de defesa e voltou a pedir o fim do sigilo sobre as delações, em razão dos vazamentos parciais e seletivos ocorridos rotineiramente ao longo dos últimos meses.

“Solicitei formalmente ao ministro Edson Fachin duas providências. Por um lado, que investigue a origem desse pseudo-vazamento criminoso e puna aqueles que o cometeram. E que me permita, por outro lado, acesso à delação premiada deste executivo, como forma de saber do que e por quem estou sendo acusado”.


E acrescentou: “O sigilo existe apenas para os acusados que não conseguem se defender de vazamentos parciais e dirigidos, motivados seja por antipatias pessoais ou políticas. Há meses, vazamentos seletivos ocorrem, reputações são queimadas em praça pública sem que o direito de defesa possa ser exercido”.